segunda-feira, 10 de novembro de 2008

“Greatest Hits” da gravidez

Gente, que legal esse negócio de Blog! Tantos comentários! Tantos incentivos! Tantos elogios! OK, críticas e sugestões também são muito bem-vindas.
Estou curtindo demais. E aqui vai uma promessa, pelo menos uma vez por semana terá novo conteúdo por aqui. Nem que eu coloque apenas dicas para as futuras – e atuais – MPV (mamães de primeira viagem – rs) ou descreva o dia com a Luíza. Mas, estarei por aqui...

Bem, voltemos à saga da gravidez...

Resultado em mãos, começa um turbilhão de perguntas nas cabeças do futuro papai e da futura mamãe. Sabe o mais engraçado... Quando jogamos na megasena sempre ficamos imaginando o que faríamos com o dinheiro. Quem nunca fez isso na vida? A probabilidade de alguém ganhar sozinho o prêmio acumulado é 1 em 1 milhão. Já, a chance de engravidar era bem maior e já estávamos a caminho de realizar tal sonho. Mesmo assim, para o prêmio em dinheiro sabíamos direitinho por onde começar, já para o resultado confirmado...
Lista de nomes. Menino ou menina? Qual será o médico para o parto? Cesárea? Normal? Qual maternidade? A barriga já aparece? Putz, não posso pintar o cabelo. Começo hidroginástica amanhã. Será que o dinheiro vai dar? Seremos bons pais? Doces? Tô fora. A partir de hoje alimentação saudável. Que escola ele fará? Qual faculdade? Intercâmbio? Ah, isso faço questão, e sem essa de Miami!!! Ok, para a Disney a mamãe leva. Ok, para a academia o papai leva. Depois de tantos devaneios, a realidade bate à porta... Vamos começar pela arrumação do quarto do futuro bebê. Socorro! O quarto-escritório-bagunça se formou no dia que começou a abrigar presentes de casamento. Conclusão, cinco anos de meras arrumaçõezinhas aqui e acolá. Agora a faxina seria inevitável.
A partir daí, eu poderia aqui descrever cada mês da gravidez, mas não acredito que isso interessaria a todos os leitores. Por esse motivo, resolvi fazer um “Best of” ou “Greatest Hits” dos nove meses e chegar logo ao dia do nascimento.

Mês 1: Atualmente a gravidez é identificada em semanas, mas serei tradicional e dividirei em meses. Achei um médico excelente. Nada de enjôos. Vida sexual normal. Nenhum desejo de comer coisas estranhas. Barriga zero (só a tradicional).

Mês 2: Nada de enjôos. Vida sexual normal. Nenhum desejo de comer coisas estranhas. Barriga zero (só a tradicional). Portanto, ainda nada de regalias em metrô, ônibus ou fila de banco. Droga!

Mês 3: Nada de enjôos. Vida sexual normal. Nenhum desejo de comer coisas estranhas. Barriga nível 3 – discreta - as pessoas ficam na dúvida de ceder seu lugar no metrô, achando que podem ofender uma mulher acima do seu peso. É estranho estar grávida, mas sem barriga de grávida. O médico diz que sou louca e que depois vou rir dessa ansiedade. Hidroginástica. Fim de alguns medos quanto à formação do feto e o perigo de aborto espontâneo.

Mês 4: Nada de enjôos. Vida sexual normal. Nenhum desejo de comer coisas estranhas, mas invento alguns apenas para me aproveitar da situação. Barriga nível 6 – agora sim! Peso controlado. Ufa! O bebê mexeu! Parece uma barriga roncando de fome, mas é diferente. Inexplicável. Sensação de um “alien” no seu ventre.

Mês 5: Nada de enjôos. Vida sexual normal. Barriga nível 7. O bebê mexe muito mais.

Mês 6: Nada de enjôos. Vida sexual normal. Barriga nível 8 – acho que já está bom assim. Começa o verão. Será meninaaaaaaaa! Começo a ficar um tanto agressiva. Meu marido acha que estou um tanto selvagem e passa a me chamar de Madagascar. Acho que são os hormônios...

Mês 7: Nada de enjôos – sensacional! Nada de estrias – melhor ainda. Vida sexual normal. Barriga nível 10 – cresce mais? Segundo o médico, agora vai crescer e muito. Biquíni na praia. Me sinto a própria Leila Diniz. O nenê será Luíza, em homenagem a minha mãe. Mais hormônios tresloucados. Mais agressividade. Bati o carro, tudo bem com a Luíza.

Mês 8: Continuo sem enjôos. Vida sexual quaaaase normal. Barriga nível prá lá de 10. Começa a faltar o ar para dormir e sinto um calor absurdo o tempo todo. Mas a barriga continua sem estrias – perfect! Haja óleo de amêndoas e creme Nívea. Luíza já conhece a nossa cachorrinha, quando ela late, o bebê dá pulos dentro de mim. Incrível! Caí na rua e fui ao P.S. Está tudo OK com a Luíza, mas fiquei com a mão imobilizada e uma bela dor nas costas. Apenas 9kg acima do peso que estava no início da gravidez. Vitória!

Mês 9: Sem enjôos. Vida sexual? O que é isso? Barriga grande demais! Agressividade no auge. Please, baby saia logo! Falta de ar. Droga, apareceu uma estria do lado inferior direito da barriga. Ninguém vê, mas eu vejo! Dez passos e parada para respirar. Minhas costas doem MUITO Engordei 3Kg em apenas 20 dias. Please, baby saia logo. Ansiedade. Medo da anestesia. Medo do parto em si. Medo da nova vida que dependerá exclusivamente dos meus cuidados.

Na quinta-feira, dia 17 de abril, fui ao obstetra. Como na última consulta, nada de contração ou de dilatação. O médico foi muito sincero ao explicar que nesse caso o melhor seria partir para a cesariana. Mas, eu estaria à vontade se quisesse esperar mais alguns dias. Conversas e mais conversas, decidi então realizar o parto no sábado.
Apenas o momento do parto rende um post exclusivo. Mas posso adiantar que é mágico.
Nesse momento, quase sete meses após, eu não consigo – e não quero – esquecer o choro delicado da Luíza e seu pequeno corpo, tão bravo ao respirar pela primeira vez, sobre o meu. O tempo parou. Foi surreal.
Ah, lembra do último post que eu falava sobre ser mãe como um título vitalício? A partir do dia 19 de abril de 2008, às 16h50, em São Paulo, eu me tornava mãe daquele ser, que vira a se chamar Luíza Parolo Amabile. Ninguém, nem nada, jamais poderá tirar isso de mim. Apenas o cordão físico foi cortado. Uma ligação invisível sempre existirá. Não importa onde estaremos, em qual época, em qual plano espiritual, a Luíza sempre será minha filha.

2 comentários:

anara disse...

jura que está pensando com carinho sobre a ideia do livro???????? preciso de mais um pedacinho da história!!!! beijo!!!

Caru disse...

Tô lendo atrasada, eu sei.
Li primeiro o do parto e depois esse. UFAAA!!! Que bom saber que você tinha muito medo da anestesia e do parto e depois deu certo. Porque quando li o do parto, pensei: "só a Ana mesmo, tranquila e adorando tudinho". Ufa, ufa, ufa.

A história é linda, a sua narrativa, sensacional, e o apelido do Uly... Bem... é o Uly!

beijos com saudade.