sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Cinematerna - A primeira experiência...

Apesar de ser uma das maiores entusiastas do Cinematerna, até essa semana eu não tinha visitado nenhuma sessão de cinema.
Para quem ainda não conhece, Cinematerna é uma iniciativa de mamães ávidas por retomar sua vida cultural ainda com um bebê recém-nascido nos braços. Foi criada uma ONG que três vezes por semana transforma algumas salas de cinema em pontos de encontro para outras mamães e seus pimpolhos. É uma verdadeira festa!
Na última terça-feira a Luíza acordou bem cedo (incrível!!) e logo eu pensei que dessa vez eu conseguiria ir à sessão de cinema às duas horas. Como a baby acorda sempre mais tarde, é praticamente impossível sair de casa antes do almoço, que acontece às 13h. Então nunca tínhamos conseguido acertar os ponteiros. Mas dessa vez tudo deu mais que certo.
Banho tomado, almoço terminado e lá vamos nós ao cinema. Muita emoção, já que eu amo cinema e essa seria a primeira vez da Luíza. Será que ela iria gostar? Será que detestaria o escurinho característico, ou ainda estranharia aquela telona e todo aquele povo desconhecido?
Chegando ao Espaço Unibanco as dúvidas deram espaço para uma excitação de mãe e filha. Foi ótima a sensação de ver outras mulheres como você, levando seus filhos em carrinhos ou no colo, para aquele encontro mais que agradável. Bilhete em mãos, pegamos a fila de carrinhos para o elevador que nos levava ao segundo andar. A recepção foi fantástica. Uma das organizadoras deve ter percebido em meus olhos brilhantes que essa era nossa primeira vez e nos deu as boas-vindas.
Chegando à sala de projeção, deixei o carrinho estacionado – junto de vários outros – e desci com a Luíza no colo. Sentamos no chão com outras crianças e mães e logo a Luíza começou a interagir com outras crianças. Eram bebês de várias idades. Os mais novinhos ficam no colo de suas mães nas poltronas do meio da sala. Já as crianças que sentam e brincam, podem ficar na lateral das poltronas, onde há um tapete especialmente colocado. Já os que engatinham, como a Luíza, ficam na frente, naquele espaço entre a primeira fileira e a tela. E foi para lá que nos encaminhamos.
Encontrei mães que como eu nunca tinham ido a uma sessão como essa e estavam extasiadas. Também encontrei mães que eram frequentadoras assíduas e pareciam estar na sala de suas casas. Confesso que depois de alguns minutos eu também me senti em casa.
A Luíza amou! Foi ótimo vê-la interagindo com tantas crianças. Isso nunca tinha acontecido e por isso eu não sabia como ela reagiria. Poderia ser agressiva ao ver outros querendo pegar seus brinquedos, mas não, ela foi fofa, como sempre tem demonstrado ser em diversas situações. E ela não é boba. Não divide seus brinquedos em troca de nada (rs), mas oferece de bom grado caso a outra criança ofereça também seus brinquedos.
Duas cenas me marcaram demais. Numa delas um menino muito fofo chegou com seus passinhos cambaleantes e um saquinho de pipocas na mão, ele parou atrás da Luíza e começou a acariciar os cabelos dela. Foi mágico! Ela olhou para ele e continuou a brincar com a outra menininha. Pena que não fotografei...
A outra cena foi bem no final do filme, quando a Luíza brincava com sua bolsa de fraldas. Ela sentou e ficou batendo na bolsa. Logo apareceu mais um bebê engatinhado, parou na frente dela, e começou a bater da mesma maneira na bolsa. Era nítido que se comunicavam! Um esperava o outro para responder aos batuques. Demais!
Sem contar o horário que todas as crianças dão aquela “sumidinha”. Logo percebi que era hora do lanche. Luíza também lanchou uma bela mamadeira e voltou para o chão, assim como todos os outros bebês que acordavam da soneca e desciam para brincar. Logo tudo estava normal, voltavam os gritinhos de alegria e as conversinhas na linguagem dos bebês.
O filme? Ah, foi legal (rs). Mas o melhor foi me surpreender, me emocionar e descobrir mais um pouco sobre a personalidade da minha filha, sempre amável e sorridente com todos.
Infelizmente não pude ir ao encontro pós-cinema que acontece sempre num café bacana próximo ao local. Mas é certo que irei novamente e não perderei o papo. Tenho certeza que será tão bom quanto interagir com todas as mulheres que entendem o que você diz e contam suas histórias.
Talvez, para quem nunca tenha passado por essa fase da vida de mãe, seja complicado entender exatamente como são importantes os passeios como esse. A vida de mãe e dona de casa é muito solitária. Por mais que você esteja rodeada de pessoas, é muito difícil dividir tudo o que se passa com você, pois será extremamente desinteressante para quem ouve. Mas se você conversa com outras mães que estão vivendo a mesma fase, é muito, mas muito importante mesmo para que você identifique e se sinta parte de algum grupo.

OBS.: A foto mostra a Luíza dentro da sala de cinema, pronta para ir embora.

Beijo a todos!!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O primeiro aniversário virou o primeiro carnaval

Quem diria, há alguns meses eu estava nos preparativos do quarto da Luíza e esta semana estou nos preparativos de seu primeiro ano de vida.
O primeiro aniversário também é um grande desafio para uma MPV (Mãe de primeira viagem). Sempre fui contra fazer o aniversário de um ano em salões infantis. Achava que a festa era para os adultos e a pobre criança aniversariante pouco iria interagir com todos aqueles brinquedos eletrônicos, balanços, trenzinhos, etc. Mas depois que me deparei com o número de convidados – e depois de ter certeza que eu estava vendo uma lista de aniversário e não uma de casamento – entendi o porquê dos pais decidirem fazer as primeiras festas em salões infantis. É muita gente! Mas ok, são pessoas muito queridas e que fazem parte de nossas vidas. Nada mais justo que todos comemorando juntos a felicidade que nos rodeia.
Enfim, tema escolhido, cardápio quase certo e local completamente indefinido, já que o salão aqui do prédio não comporta a famosa lista de convidados. Daí, partimos para a decoração. Qual o melhor lugar para se pesquisar sobre decoração de festa infantil? Quem pensou no maior comércio ao ar livre da América Latina, acertou. E lá fui eu para a 25 de Março.
Mais que nunca notei como eu não tenho o mínimo conhecimento de festas infantis. Como uma legítima MPV fiz uma pesquisa meticulosa em diversas lojas de decoração. Pouca diferença de preços e quase nenhuma diferença de qualidade ou criatividade no material. Até que começaram a me perguntar: “Mas a senhora não quer ver nenhum piruliteiro ou baleiro para a mesa?” O quê? Ela nem sabia se eu iria servir pirulitos. “E decoração para o topo do bolo? Temos em isopor, ou se preferir em papel arroz”. Novamente não entendi nada. Na minha época uma vela incrementada era o suficiente. Não é mais?
E as perguntas continuavam. “Você fará sacola surpresa ou saquinhos de plástico?”, “Qual o tamanho da parede para que possa escolher o painel?”, “Vai babado de mesa?”, “Casinha com luz dentro ou aquela que gira?”. Chegaaaaa. Se a festa de um ano já está nesse nível, nem quero ver como será a festa de quinze anos...
Apesar de tudo, a ida à 25 de março foi um grande aprendizado. Embora eu não tivesse efetuado nenhuma compra, a pesquisa de preço e especialmente o conhecimento de todo o material disponível me fez sentir uma verdadeira expert em festas temáticas.
Na volta ao metrô, subindo a Ladeira Porto Geral, não resisti e entrei em uma daquelas lojas de fantasias, que nessa época do ano estão fervendo de opções e ávidos compradores. Mesmo fugindo do me objetivo de aniversário, saí orgulhosa com uma sacolinha em mãos. E tenho a dizer que a Luíza será a mais fofa odalisca do próximo carnaval.

Beijos carnavalescos a todos!!!