quinta-feira, 23 de abril de 2009

Matéria da Revista Época

Dando uma rodada por alguns sotis, encontrei essa matéria da Revista Época. Achei bacana dividir com vcs, já que essa dúvida está na cabeça de quase todas as mães...

Bjs

Pais que amam demais atrapalham filhos

Na ânsia de preparar os filhos para o futuro, muitos pais extrapolam no carinho e nas atividades educativas. Que tipo de filho eles criam?


http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI68719-15228,00-PAIS+QUE+AMAM+DEMAIS+ATRAPALHAM+FILHOS.html

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Um dia inesquecível

Já há algum tempo estou querendo retornar ao mercado de trabalho. Muitos CVs espalhados, alguns contatos, muita esperança. A vida me levou a parar de trabalhar bem no momento que a Luíza "disse" que viria ao mundo. E desde então sonho com o momento da volta ao batente.
A Luíza fará um ano no próximo domingo (19), portanto muito tempo se passou e os nossos laços de mãe e filha só tornaram-se mais apertados. Eu sabia que quando chegasse o momento de deixá-la em uma escolinha seria bem difícil.
Pois é, esse dia chegou!
Uma grande amiga me convidou para um trabalho temporário e eu aceitei. Claro! Preciso voltar, ver gente, produzir. Enfim, é chegada a hora de cortar de vez aquele cordão umbilical invisível.
Uma decisão já estava tomada, meio período na escola e meio período com a vovó. Por esse motivo o local deveria ser bem próximo à casa da minha sogra. Por esse motivo cedi a uma escola que não era o meu sonho de consumo para minha pedrinha preciosa. OK. Será até junho, depois a coloco na escola escolhida anteriormente.
Tive apenas um dia para me preparar psicologicamente. E para a adaptação da pequena serão apenas dois dias. Meu Deus!
Hoje pela manhã ela acordou disposta. Contei a novidade e já a vesti para encontrar seus novos amiguinhos. Na ansiedade eu já tinha separado a roupa que ela vestiria e outra backup, toalha, sabonete, fraldas, brinquedos, chupeta, etc, etc. Sei que as professoras vão rir da imensa mala, mas não quero nem saber...
Chegou o momento. Todos dizem que doi demais, que é outro parto e desta vez o filho vai e não vem...
Não conseguia ir embora da escola. A coordenadora me deixou muito à vontade. Fiquei observando a Luíza - tão pequenininha - por uma tela de TV. Parecia tão indefesa... Aquelas crianças fariam dela gato-e-sapato, pois já estavam na escola desde o dia em que nasceram...
Ai, uma delas roubou o seu boneco favorito. Panico. Mas na maior calma, Luíza deu meia volta e se interessou por outro chocalho.
E aquele menino. O que está fazendo com ela> Puxou o casaco e ela caiu no chão. Agora vai chorar... QUe nada, levantou-se e saiu engatinhando para explorar o ambiente.
Depois de 1h30 observando aquela minha pequena porção se virando no mundo real, entendi que ela é um ser independente do meu corpo, dos limites das paredes de nossa casa.
Mas aí veio o choro inconsolável. Aquele que conheço mais que bem. Sabia que ela estava com sono e precisava de mim! Fui até a sala, disse à professora como fazê-la dormir e pronto, ela adormeceu - OK, aquela moça a balançou inadequadamente, eu jamais faria daquela maneira meio abrutalhada, mas ela dormiu mesmo assim...
Pensei então que poderia sair e fazer algumas coisas. A adaptação parecia ir muito bem. Quero dizer: a adaptação da Luíza.
Me despedindo da coordenadora, os olhos já marejaram e moça disse: "se segura mamãe!" Foi o que bastou para eu cair no choro...
Quando foi meio-dia fui Estava no maior sono gostoso. Eu a deixei dormindo e voltei para casa, aguardando o telefonema para informar que havia acordado.
Pois é, o telefonema acabou de acontecer. Justo agora que meus olhos estão inchados e meu nariz entupido novamente. Vou buscá-la e matar as saudades.
Deixa eu terminar logo esse texto antes que eu comece a chorar de novo e fique com aquela cara de mãe de primeira viagem e que todas as coordenadoras de escolinhas estão cansadas de ver...