terça-feira, 23 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL

Olá,

Eu e Luíza gostaríamos de desejar um Natal de muita paz, fartura, alegria e saúde para todos os leitores desse blog.

É muito bacana conversar com várias pessoas que lêem os posts e saber que gostam tanto. O objetivo é justamente esse, transformar alguns minutos que vocês passam por aqui em momentos de prazer de leitura, de participação do crescimento dessa menininha que tanto nos alegra.

Desde sábado a Luíza bate palmas (do jeitinho dela) vigorosamente. Ela curte muito, pois todos acham lindo - e é mesmo!!! rs

Domingo ela conheceu o "bom velhinho" do shopping - com barba verdadeira!!! Adivinhe o que aconteceu??? Buááááááááá (foto abaixo). Mesmo assim foi uma experiência inesquecível pro papai e para a mamãe, que cheios de orgulho levaram a princesinha nos braços, suportaram calmamente a fila que dava voltas e tiraram fotos do acontecimento. Faz parte do Natal paulistano...

Enfim, tenho certeza que esse Natal será mágico. Mesmo que no momento da chegada do Papai Noel (desde o nascimento da Ana Clara voltamos a fazer a festa completa) Luíza esteja dormindo - eu não sei como será - será mágico. O Natal volta a ter sentido. Desde a perda de minha mãe essa data perdera completamente o significado de alegria. Esse ano será bem diferente...

FELIZ NATAL!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

HO HO HO

Pois é, mais um Natal se aproxima. Mas pode ficar calmo, eu não serei mais um que dirá “nossa como o tempo voou este ano”. Mas o fato é que a cada ano parece REALMENTE que o tempo voa - mais rápido. Quer um exemplo palpável, há oito meses nascia Luíza, hoje ela está quase em seu baile de debutante... Ok, não é para tanto. Mas que esse episódio não está tão distante, ah não está mesmo. Essa semana ela até recebeu uma cantada no shopping! Mas isso eu conto depois...

Tudo passa muito rápido. Assim que a Luíza chegou em casa lembro que bateu um desespero, naquele momento éramos apenas eu e ela. Ou melhor, na primeira semana foi a própria “casa da mãe Joana”, depois a rotina (que rotina?) voltou ao normal. Não teria mais aquele exército de enfermeiras me auxiliando em tudo. A Luíza fazia xixi, eu tocava a campainha e lá ia o bebê molhado. Depois de uns 5 minutos voltava um bebê sequinho e cheiroso. Quer coisa melhor? Acho que eu fui a única recém-mamãe que confessou logo de cara que gostaria de passar mais alguns dias no hospital... Todas as que conheci falavam que não viam a hora de voltar pra casa. Será? E dispensar todas aquelas mordomias? Duvido! Enfim... RS

Logo veio o primeiro mês, o segundo e o terceiro, aí respirei um pouco mais aliviada. É sempre assim, depois do terceiro mês de gravidez a mãe relaxa um pouco mais. A mesma coisa acontece depois do terceiro mês do bebê. Alguns medos vão embora. Com o quarto mês tudo muda, a Luíza já estava bem durinha, quase sentando sozinha. E o mais bacana, ela começava a brincar, a responder aos estímulos. Veio o primeiro sorrisão – proposital. Tudo fica diferente. Com cinco meses parece que seu neném já é praticamente um adulto. Mas, com seis meses a vida muda por completo: início das papinhas.

É fascinante como a cada dia a Luíza se desenvolve mais e mais. Hoje, completando oito meses, a minha princesa está quase batendo palmas, quase fazendo tchau, quase balançando as mãos ao ritmo da música e quase engatinhando. Já imaginou? Aquele bebê tão pequeno e inexpressível agora tem tantos olhares e deve, dentro de dias, começar a se mover com seu próprio corpo. Uma vitória! Acredito que daqui alguns dias eu terei grandes novidades, muitos dos “quases” citados acima já serão passado, notícia velha.

A noite de sono parece que funciona como um MBA para a pequena Luíza. Cada movimento feito durante o dia, cada som, cada imagem obtida, tudo é processado e digerido para que no dia seguinte ela acorde e já coloque em prática tudo o que aprendeu. Lembra da personagem Trinity do filme Matrix? Ela fechava os olhos e aprendia a pilotar um helicóptero militar (rs). Mágico!

Hoje comprei o presente que o papai Noel entregará na noite do dia 24 (não mostre essa linha às crianças que ainda acreditam no bom velhinho...). Um brinquedo que a criança coloca uns blocos na boca de uma girafa, eles passam por todo o corpo e chegam ao final com uma bela musiquinha. Achei bem educativo, afinal é possível ter noção de causa e efeito, além de treinar a coordenação motora fina. Aí, uma senhora viu que peguei esse brinquedo e resolveu comprar um para o neto. Eis que ela fala: “Mas você não acha muito monótono? O bloco cai e acabou a brincadeira”. Caramba! Eu demorei tanto para escolher o presente e essa mulher acaba comigo. E a causa e efeito? E a coordenação fina? Será que a Luíza achará monótono mesmo. Será que um dia será interessante e depois da primeira noite de sono a grande girafa educativa perderá o encanto? Ah, comprei mesmo assim. Depois eu conto como foi.

Sobre o xaveco mirim recebido no shopping, acho que é muito invasivo contar cada detalhe. Mas eu posso dizer que muitos outros Guilhermes virão tomar sorvetes ao lado da Luíza para lhe fazer companhia. Foi lindo!!! Eu achei o máximo. Será que o pai também gostou de saber disso? rs

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Reprodução assistida mais barata - Projeto Beta

Ainda não descobri o real motivo de tantos casais procurarem a reprodução assistida. Mas acredito que, como no meu caso, as mulheres deixam para engravidar mais tarde - acima dos 30 anos - quando já têm maior estabilidade emocional e financeira. Porém, levam uma vida mais estressante, alimentação ruim, falta de exercício físico, entre outros itens saudáveis. Assim, fica difícil engravidar mesmo.
Quando eu procurei ajuda de uma clínica especialista em reprodução humana, achei tudo muito comercial, sem o objetivo de "mimar" o psicológio do casal. Algo do tipo: "Se vocês não conseguirem com a tabelinha, passamos para a inseminação, caso não aconteça nada, vamos para a fertilização in vitro. A cada passo voces gastam mais. Fora os medicamentos". Sem contar que nada disso dá a segurança de que vai dar certo. Dizem que apenas na terceira inseminação é que as chances aumentam. Apesar disso, eu mesma teria feito, se não tivesse engravidado naturalmente no meio da investigação por exames clínicos.

Para as mulheres que frequentam esse blog, têm dificuldade para engravidar e já decidiram pela reprodução assistida, que tal realizar o sonho de ser mãe economizando no tratamento. Foi isso que achei numa reportagem de junho/2008. O projeto continua atuando, mas os valores apresentados na reportagem podem ter sofrido alguma alteração. Mesmo assim, vale muito a pena.

BOA SORTE!

Reprodução assistida mais barata
Além de vencer as dificuldades para engravidar, muitas mulheres que precisam de tratamentos de reprodução assistida esbarram em outro obstáculo: ter que desembolsar até dez mil reais por tentativa de ser mãe. Mas, em São Paulo, um grupo de médicos especialistas criou, há três anos, o Projeto Beta. “Frustrados com a elitização dos tratamentos e conscientes da responsabilidade social da medicina, abrimos uma clínica em que as pessoas pudessem pagar de acordo com sua condição econômica”, conta Newton Eduardo Busso, diretor do projeto, que atende cerca de 80 casais por mês, e professor assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa.

Uma assistente social faz a triagem, que não exclui ninguém, apenas determina a faixa de preço com que cada um pode arcar. Então, tem início o atendimento com uma equipe formada ainda por biólogos, enfermeiras e psicóloga. “Utilizamos a mesma tecnologia de que dispomos em nossas clínicas particulares, como a fertilização in vitro com injeção de espermatozóide, que no projeto sai por 1.900 reais”, diz o médico. Já a inseminação artificial custa em torno de 400 reais. E a melhor notícia: não há número máximo de tentativas nem fila de espera. “O prazo para conseguir uma consulta é de uma semana”, garante o médico

Mais informações pelo Tel.(11) 3826 7017 ou no site www.projetobeta.com.br

sábado, 6 de dezembro de 2008

Em tempo...

Hoje, refletindo sobre o que escrevi na última postagem, pensei que muitos poderia me achar um pouco radical demais. E achei por bem fazer um ressalva, ou esclarecimento, como queiram... Mas nada muda o que penso sobre o assunto.

Ok, eu sei que existem mães que não têm perspectiva de vida e por essa razão abandonam seus filhos ainda recém-nascidos para que eles possam ter alguma chance na vida. Nesse caso, os bebês são abandonados em hospitais, portas de casas com maior poder aquisitivo, entre outros locais onde há circulação de pessoas que podem salvar a criança de tal situação.

Porém, continuo achando que as mães que abandonam seus pequeninos filhos em sacos de lixos sobre lixeiras de rua, dentro de poços, na beira de riachos poluídos e outros locais sem a mínima salubridade, me perdoem, mas elas sabem e desejam um futuro inesistente para seus filhos. Para essas pessoas sem escrúpulos, eu simplesmente me recuso a acreditar que possam conviver em sociedade. Eu compreendo o que significa depressão pós-parto, mas convenhamos que essas atitdes são too much para qualquer um.

Bem, é isso.

Hoje eu estava na esteira da academia lendo uma revista Claudia de junho (capa com Mariana Ximenes) deste ano (academia e consultório médico são campeões em revistas velhas...) e li uma entrevista com Scarlett Marton, uma grande filósofa da USP (entre outros títulos importantes). Ela dizia sobre a diferença do bem e do mal, do bom e do mau, dizendo que aqueles que cometem barbaridades - no que diz respeito ao relacionamento com outro mebro da sua sociedade, sob as mesmas leis éticas vigentes - não merecem e não podem mais permanecer nessa mesma sociedade. Isso foi apenas um lado da visão da especialisata em Nietzche. Tentei achar essa entrevista, mas não encontrei. QUem tiver a oportunidade de ler, vale a pena.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Mães?

Nos primeiros posts que escrevi comentei sobre a lamentável atitude de certas pessoas que abandonam seus filhos à própria sorte. Deixei para comentar essas atrocidades depois que você tivessem lido toda a emoção que senti ao me tornar mãe. Assim, poderiam entender a minha indignação. Não quero dizer que se eu não tivesse a Luíza poderia achar tudo normal, mas posso garantir que a revolta é bem maior.

Hoje mesmo ouvi uma notícia de uma mãe que havia abandonado sua bebê de três meses para fora do seu barraco. Depois que a polícia encontrou a neném já com as roupas molhadas e as mãos roxas de frio, acharam a “mãe” DORMINDO no calor de sua cama. A justificativa da “carrasca” aos policiais foi que ela não teve a intenção de abandonar a filha, mas a colocou fora de casa porque ela chorava muito e não a deixava dormir (!). Preciso comentar??? Não é a idade da mãe (19), ou mesmo sua posição social justificativa para tal ato, essa mulher é um monstro, não existe outra explicação.

Antes de engravidar, cada notícia que ouvia ou lia sobre o chamado “abandono de incapaz” – nome jurídico dado ao abandono de bebês ou qualquer ser humano que não consegue se defender – me deixava revoltada. Como que aquela mulher, que não desejava engravidar, que literalmente jogou fora seu próprio filho, poderia ter sido agraciada com a dádiva da maternidade. E eu, que desejava mais que tudo, continuava na frustrante espera mês após mês. Sempre considerei injusto demais. Só mesmo uma explicação além da vida poderia me fazer engolir as estórias que só se multiplicavam nos noticiários.

Hoje não é diferente. Não é diferente o meu pensamento, muito menos a freqüência com que vejo tais notícias. Em uma pesquisada rápida nos sites de procura é fácil encontrar estórias inacreditáveis. Para quem nunca leu sobre o assunto, aí vão alguns links (só deste ano):

14/03/2008 - Bebê recém-nascido é abandonado no Ipiranga
http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2008/03/14/ult4469u21121.jhtm

26/02/2008 - Polícia procura mãe de bebê abandonado em Franca-SP
http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2008/02/26/ult4469u19997.jhtm

04/10/2008 - Bebê abandonado é achado em rua do Rio
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u452175.shtml

14/08/2008 - Recém-nascido é encontrado em sacola de papelão no Recife
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u433595.shtml

28/07/2008 - Menina é abandonada dentro de saco de lixo em Salvador
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u427082.shtml

11/07/2008 - Recém-nascida é abandonada em pesqueiro na zona rural de Valinhos
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u421584.shtml

01/06/2008 - PM encontra bebê dentro de carro abandonado na zona sul de SP
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u407560.shtml

02/12/2008 - Recém-nascido é encontrado em fossa em Planaltina de Goiás
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u474190.shtml

01/12/2008 - Bebê encontrado em lixeira no Guarujá (SP) passa bem
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u473789.shtml

Eu poderia passar horas e horas copiando e colando os links para que vocês lessem cada matéria. O mais incrível é que na maioria dos casos os bebês sobrevivem e logo estão com a saúde perfeita. Certamente esses seres iluminados têm um papel importante a desempenhar ao longo de suas vidas.

Algumas perguntas me atormentam quando leio as notícias. O que será que passa na cabeça dessas mães? Elas têm motivos reais para abandonar um filhotinho, tão indefeso e que estava dentro fazia nove meses? Elas premeditaram a cena? Elas sonham com o bebê depois que o abandona? Será que há arrependimento? Será que esse filho foi gerado por descuido, ou abandoná-lo foi o único método “anticoncepcional” pós-concepção que elas tinham acesso?

Será que alguém que larga um recém-nascido na beira de um rio poluído ou mesmo dentro de um saco de lixo realmente acredita que ele possa ser encontrado? Será que quem faz isso com tanta crueldade possa alegar simplesmente insanidade? Enfim, a última pergunta: Quantos bebês abandonados não foram encontrados? O destino deles eu não quero nem imaginar.

É isso. Um desabafo que compartilho. Ainda não consigo ignorar ou sentir pena dessas mães. Apesar disso, nunca saberemos os reais impulsos que levaram essas mulheres a agir de tal forma. Bem como, nunca saberemos quantas mulheres ficaram felizes ao saber que a espera na fila da adoção chegara ao fim em decorrência da atitude infeliz de uma mãe. Daí surge uma linda história de amor maternal. E é essa mãe que terá o prazer inebriante de ver seu filho – mais que legítimo – dando o primeiro sorriso, como esse da Luíza.