domingo, 9 de outubro de 2011

A cada passo, uma surpresa


A incerteza, a surpresa, o novo, são sempre fatos que nos assustam. Quando você convive com uma criança, no caso o seu filho, tudo isso assusta e encanta ainda mais.
Luíza já completou três anos de vida e a independência bate à porta. Quando não engatinhava, o controle era quase total, depois disso a tormenta de pensamentos já começou.
Agora ela anda, e como..., ela vai ao cinema, ao teatro, ela pula e dança, troca a roupa praticamente sozinha e banho... também está quase 100%.
Daqui alguns anos já consigo vê-la no meio da multidão do Rock in Rio, talvez até em Lisboa... Por que não? Ora, pois.
Ela fala, canta, grita, escreve (do jeito dela), desenha, pinta, brinca com outras crianças e brinca sozinha com seus "amigos".
Daí vem a pergunta que começa a tomar forma assustadora a cada ano que passa. E eu nessa história toda? Como fico? Serei dispensável em tempo recorde? Serei indispensável a longo prazo? Quem sabe?
Hoje, o tchau a distância é frequente, às vezes fácil, muitas vezes difícil. Mas assim é a vida.
Eu digo em alto e bom som: "Ficarei orgulhosa quando Luíza, no alto de seus 20 anos, me falar que vai morar sozinha". POxa, sinal que fizemos um bom trabalho, ela é independente, corajosa, inteligente etc etc. Mas como assusta, agora que faltam "apenas" 17 anos, em média...
Agora, começa a ficar mais fácil imaginá-la no futuro. Pelo seu temperamento ficamos imaginando seu emprego, seus amores (que o pai não leia esse trecho), seus amigos, suas viagens, suas conquistas e suas frustrações, claro!
De hoje para amanhã, quem sabe o que ela me dirá, o que ela fará, ou quem ela conhecerá. Medo, incerteza, maravilha da vida, desse pequeno livro que está sendo escrito, página a página, dia a dia, degrau a degrau.
É isso. Viva o novo!