quarta-feira, 18 de março de 2009

Redomas quebradas

Qual é o melhor momento para deixar seu filho sair da redoma de vidro e explorar o mundo? Acredito que essa pergunta ficará martelando em minha cabeça pelo resto da minha vida.
Até bem pouco tempo todos os brinquedos eram esterilizados, o álcool era o líquido mais presente em casa e as mãos deviam sempre ser lavadas antes de pegar o bebê.
Hoje, os brinquedos caem ao chão e a Luíza pega em seguida, a cachorra lambe a boca do bebê e novos cantinhos são explorados a cada segundo. Quanto às mãos... Dificilmente nos lembramos de lavá-las pelo simples fato de abraçar a pequena.
Aquele bebezinho todo fofinho e limpinho indo ao chão pela primeira vez... Foi muito difícil. Todas aquelas bactérias ávidas por atacar aquele ser tão gostosinho e cheiroso. Mas esse é o preço que pagamos para crescermos e ver crescer. O desenvolvimento depende da sujeira, da terra, da bagunça, da meleca, da água fria, do chão gelado. Enfim, das descobertas e experiências. Mas como é difícil deixar seu filho descobrir sozinho! E como é lindo perceber que ele é capaz de fazer tudo isso!
Hoje a Luíza foi brincar no playground do prédio. Assim que eu a coloquei no chão, ela achou um cadáver de abelha. Pânico total! Ok, ela o deixou de lado e seguiu naquele enduro. Mais a frente ela encontrou várias formigas, achou graça e seguiu. Depois vieram pequenas sujeiras, folhas secas, papéis de bala. Quando percebi que a bebê Luíza estava amando tudo aquilo que era tão novo, comecei a relaxar. Enfim, ela chegou aos grandes vasos de plantas. Terra. Pedrinhas. Mais folhas secas. A alegria estava estampada no seu rostinho. Relaxei de vez e curti aquele momento. Não que a minha filha jamais tivesse ido ao chão, mas dessa vez foi especial.
Sei que a cada ano que passar uma redoma de vidro deverá ser quebrada e nunca vai parar. A ida à escola, ao baile, à primeira viagem com a turma, ao primeiro carnaval sem os pais, ao curso no exterior, à faculdade, às baladas... Acho melhor eu já me acostumar com a ideia...

OBS.: Se você achou interessante esse post, leia essa reportagem:
http://claudia.abril.com.br/materias/3169/?sh=bb&cnl=52

BJS

segunda-feira, 9 de março de 2009

E a birra começou...

Inegável dizer que a palavra mais ouvida pela Luíza nessas últimas semanas é: NÃO. Agora com toda sua autonomia para engatinhar e explorar o mundo com suas mãozinhas, muita coisa fica ao seu alcance. Já, o que não está, torna-se o alvo principal da pequena, que tenta a todo o custo chegar ao objeto de desejo.
Porém, os tais objetos de desejo jamais fazem parte do universo de seus brinquedos, mas sempre estão no universo dos controles remotos, dos celulares, dos fios, dos cestos de lixo, da comida do cachorro, entre outros universos não menos proibidos.
A rotina é sempre a mesma, ela vai, pega e, sabendo que está na zona do NÃO, olha para mãe como quem diz: Estou aqui, você não vai fazer nada? E a mãe sempre faz. Primeiro acontece o NÃO e o porquê disso, depois o afastamento do local e por último o choro revoltado da criança. É sempre assim... Todos os dias... A todo o momento...
Como pode uma bebê que a menos de um ano que saiu da minha barriga me desafiar tanto? O pior da história - ela irá me desfiar pelo resto da vida... rs
Hoje li três matérias sobre o assunto deste post e quero compartilhar com vocês:
http://www.bebe.com.br/03_05/educacao/birra-crianca-hora-de-dizer-nao.php

Bjs e até mais...