terça-feira, 21 de outubro de 2008

Só para começar...

Este é meu primeiro blog! E tem tudo a ver com o seu objetivo. Falar sobre o cotidiano de uma mulher que é mãe pela primeira vez. E por que será que as pessoas dizem "mães de primeira viagem"? Acredito que o motivo está relacionado a ser uma verdadeira viagem - sem volta - o fato de se tornar mãe. Não existe ex-mãe. Quando se é mãe, até em Curriculum Vitae você deve informar. Ser mãe é muito democrático, não existe restrição para casadas ou não-casadas. É possível ser mãe com 12 anos (ou menos) ou até 45 (ou mais)! Não tem distinção de classe social, raça ou credo. Até a orientação sexual pode ser indefinida, vide doação de espermas.
Mesmo assim, para quem pensa que engravidar é tão fácil, eu sou testemunha que não é. Sabe aquela máxima popular: “quando você parar de pensar no assunto, engravida”? Foi exatamente isso que aconteceu, já que toda a investigação laboratorial já havia sido realizada. Está certo que o cenário estava salpicado de detalhes como troca de emprego, diminuição de estresse e finalmente a famosa “desencanada” geral. Enfim, menstruação zero, teste de farmácia positivo, e chegou a hora de confirmar com um exame de sangue.
Certa vez uma amiga me disse que para obter o resultado do exame mais rapidamente era só ir a um P.S. e dizer que estaria com enjôo e tontura. Bingo! Eles fazem o famoso BetaHCG no mesmo instante, e o melhor, pago pelo convênio. Eu e minha escudeira-irmã seguimos as instruções e ao relatar à médica da triagem todos esses sintomas, adivinhe... “sintomas clássicos de labirintite”. Nããão. Era para a médica dizer que esses eram sintomas clássicos de gravidez! Bem, tive que interferir e dizer que eu não havia menstruado naquele mês. Ufa! Me enviaram para o exame de sangue.
No momento que o resultado chegou, percebi uma certa tensão no rosto da enfermeira. Ai ai. Primeira pergunta dela: “a Sra. queria que desse positivo ou negativo?”. O quê? E ela repetiu. Depois do espanto eu disse que queria muito que desse positivo. Aí sim, um largo sorriso e lágrimas nos olhos da enfermeira. Positivo!! Chorei abraçada com aquela mulher de branco, depois com outra, depois com outra. Até que levei o exame à médica, que também me abraçou e choramos juntas. Estranho? Nada disso. Depois da saga de abraços e lágrimas eu perguntei à portadora da boa-nova sobre o porquê de tanta tensão ao relatar o resultado e qual o motivo de tanta euforia com a minha resposta. A explicação é simples e triste. Segundo ela, é mais comum as mulheres saírem chorando de tristeza e revolta de um P.S. do que alegres e realizadas com o prenúncio de um bebê (!). Lamentável... (Assunto para futuro post).
Chegando ao carro da minha irmã mais choro e abraço, telefonema ao futuro papai e a todos os que tinham que ser avisados de tamanha graça divina.
ESTOU GRÁVIDA! Estou grávida. Grávida? Putz, grávida!! E agora?
Bem, acho que esse é um assunto para o próximo post.
Ah, lembra daquele primeiro assunto de ser mãe como uma viagem sem volta, acho que esse próximo post também tem a ver com isso.

Beijos... e até lá...